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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

DUDU É APRESENTADO OFICIALMENTE NO OLÍMPICO

O atacante Dudu, contratado até o final do ano junto ao Dínamo da Ucrânia, foi apresentado oficialmente na manhã desta quarta-feira, na sala de conferência do Estádio Olímpico. Vestindo a camisa número 7, Dudu se disse preparado para enfrentar o desafio de atuar pelo Tricolor nesta Copa Libertadores que começa amanhã. Segundo ele, que estava treinando em Kiev, sua estreia com a camisa gremista fica a critério do técnico Enderson Moreira. Para Rui Costa, executivo de Futebol, Dudu vem preencher uma vaga que tinha em aberto com a saída do Vargas pelas suas características.
A Grêmio TV transmitiu ao vivo a apresentação direto do Olímpico.
Assista abaixo:

Ficha:
Nome: Eduardo Pereira Rodrigues
Posição: Atacante
Nascimento. 07/01/1992 (22 anos)
Local: Goiânia-GO
Clubes:
Cruzeiro-BH
Coritiba-PR
Dínamo-UCR
Títulos:
Campeonato Brasileiro- Série B de 2010 (Coritiba)
Campeonato Mineiro de 2011 (Cruzeiro)
Copa Sendai de 2009 (Seleção Brasileira)
Mundial Sub-20 de 2011 (Seleção Brasileira)



Renato Portaluppi, o herói do Campeonato Mundial



O ponta-direita enlouqueceu os durões zagueiros alemães do Hamburgo, em 83

Habilidoso, atrevido e polêmico. Renato Portaluppi sempre foi conhecido por seus dribles fantásticos, tanto quanto por seu temperamento forte. Para os gremistas, no entanto, ele sempre será lembrado como o herói do Campeonato Mundial, quando foi responsável pelos dois gols na vitória sobre o Hamburgo, e acabou eleito o melhor jogador da partida.

Nascido em Guaporé, no interior do Rio Grande do Sul, Renato chegou a trabalhar em uma padaria em Bento Gonçalves antes de vir para Porto Alegre, apostando em seu futebol. Iniciou entre o grupo de juvenis do Grêmio, onde logo se destacou. Foi promovido à equipe profissional no início de 82, mas passou boa parte do ano no banco de reservas, por escolha do técnico Ênio Andrade.

Em 1983, no entanto, Renato foi alçado à titularidade e logo se firmou como um dos maiores craques do futebol nacional. Neste ano, foi figura fundamental nas conquistas da Libertadores e do Mundial, no qual fez os dois gols da vitória gremista e acabou eleito melhor jogador da partida.

Nos próximos anos, o ponta-direita, se estabeleceria como ídolo da torcida gremista, levando o Grêmio ainda à conquista de dois Campeonatos Gaúchos, em 85 e 86.

Durante este tempo, Renato também ganhou fama de insubordinado e encrenqueiro. Notório bon vivant, era garantia de dor-de-cabeça para técnicos rigorosos e disciplinadores. O mais famoso destes episódios, sem dúvida, foi quando de sua participação na Seleção Brasileira que iria à Copa do Mundo em 1986.

Convocado devido às suas excelentes performances no Grêmio, que culminaram com as duas conquistas do Estadual, Renato se viu dirigido por Telê Santana, famoso pelo rigor e a disciplina que impunha em seus jogadores. O treinador estabeleceu um severo esquema de concentração, com pouquíssimas folgas e horários estritos para reapresentação.

Numa dessas folgas, Renato e Leandro acabaram chegando muito depois do horário estabelecido pelo treinador. Dada a fama de Renato, e o fato de que ambos eram reincidentes no atraso, Telê resolveu fazê-los de exemplo para o grupo, e os mandou de volta para casa.

A torcida, no entanto, sempre adorou o temperamento forte do jogador, que nunca deixou de ser ídolo em todos os clubes por que passou. Renato trocou o Grêmio pelo Flamengo em 1986, concretizando um antigo desejo de jogar no Rio de Janeiro. Seguidamente visto passeando pela orla carioca, ficou logo conhecido como "Rei do Rio", alcunha que foi somada a seu apelido de Renato "Gaúcho", que carregaria pelo resto da carreira.

O jogador ainda passou pela Roma (Itália), Botafogo, Fluminense e Bangu, além de outras passagens pelo Flamengo. Time este pelo qual pendurou suas chuteiras pela primeira vez, em 1998, quando saiu dos campos para assumir o cargo de diretor-técnico do clube. Depois, voltou a jogar pelo Bangu, mas seus joelhos não eram mais os mesmos e ele rapidamente se contundiu, declarou que estava cansado da rotina de jogador e, aos 36 anos, se aposentou oficialmente.

Depois da aposentadoria, Renato iniciou uma carreira de treinador. Muito ligado ao Rio de Janeiro, já passou por clubes como Fluminense, Madureira e Vasco.

Saiba mais

Nome: Renato Portaluppi

Posição: ponta-direita

Nascimento: 9/9/1962

Local: Guaporé (RS)

Período no Grêmio: de 1980 à 1987 - 1991

Títulos: 1983 - Campeão da Taça Libertadores da América
1983 - Campeão do Campeonato Mundial Interclubes
1985 e 86 - Campeão Estadual

Cristóvão O Carregador de piano

Com 53 anos, o baiano Cristóvão Borges dos Santos, ou apenas Cristóvão como era chamado na época de jogador, nasceu no dia 9 de junho de 1959 e foi criado nas categorias de base do Bahia. Teve passagens por outros grandes clubes como Fluminense e Corinthians. No tricolor gaúcho contribuiu para a sequência de cinco títulos estaduais conquistados no final da década de 80 além de ser campeão da Copa do Brasil de 1989.

Chegou ao clube em 87 e foi Campeão Gaúcho nos anos de 87, 88 e 89. Inicialmente atuava como meia, mas teve crescimento considerável no seu desempenho quando foi recuado e passou a atuar como volante na equipe tricolor.

Estreou pelo Grêmio em 13/05/1987 em jogo amistoso contra o Criciúma em comemoração aos 40 anos do clube catarinense. Na data, a escalação do Grêmio foi a seguinte: Mazaropi, Alexandre, Astengo, Luiz Eduardo e Adriano, China, Bonamigo, Cristrovão e Fernando e na frente Lima e Jorge Veras. O técnico era Juan Mugica.

A sua primeira investida na área técnica foi em 1998 ao lado de Alfredo Sampaio como auxiliar pelo Bangu. No ano seguinte iniciou sua parceria com Ricardo Gomes como auxiliar técnico na preparação da Seleção pré-olimpica. Nesta função, passou ainda por Guarani, Coritiba e Juventude.

No dia 28 de agosto de 2011, Ricardo Gomes sofreu um AVC durante o clássico entre Vasco e Flamengo. O então técnico vascaino foi internado em estado grave e Cristovão assumiu o time, primeiramente como interino.
Em um acerto feito entre o presidente e com consentimento de Ricardo Gomes e dos jogares do elenco vascaino, Cristovão Borges aceitou, assumiu o cargo e levou o time ao vice-campeonato Brasileiro. Com esta campanha, ganhou o prêmio de Melhor Treinador do Campeonato Brasileiro de 2011.

Carlos Miguel Polivalente e decisivo

Poucos jogadores do Grêmio marcaram época e tiveram tantas participações em conquistas com a camisa Tricolor como o meio-campo Carlos Miguel da Silva Júnior, o Carlos Miguel. Atleta voluntarioso, de qualidade técnica refinada e bom poder de marcação, podia ser utilizado em todas as funções da meia cancha e fazer seu papel com eficiência.

 
Com a perna esquerda afiada, tinha eficiência nos passes e tinha nos lançamentos precisos uma grande arma. Defendendo as cores do Grêmio, vindo das categorias de base em 1992, ficou por cinco anos no estádio Olímpico. Marcou época sendo Tricampeão Gaúcho em 1993, 1995 e 1996, campeão da Copa Libertadores em 1995, campeão da Recopa Sul-Americana em 1996 e bicampeão da Copa do Brasil em 1994 e 1997.

 
Nestas conquistas foi decisivo nas finais. Em 1994, no estádio Olímpico, foi dele a cobrança de escanteio precisa na primeira trave, que Nildo arrematou de cabeça para marcar o gol do título, contra o Ceará. Em 1997, calando o estádio Maracanã tomado por 100 mil torcedores, escorou cruzamento de Roger da esquerda na pequena área, com classe, empatando a partida contra o Flamengo no final, garantindo o terceiro título Tricolor na Copa do Brasil.

 
Em 1998 teve sua primeira experiência no exterior, quando defendeu o Sporting de Lisboa. Retornou ao país para o São Paulo no ano seguinte, sendo bicampeão paulista e campeão do Torneio Rio-São Paulo em 2001, que lhe rendeu a primeira convocação para a Seleção Brasileira do técnico Luiz Felipe Scolari, na Copa das Confederações. Na sua estreia, anotou o segundo gol da vitória por 2 a 0 sobre Camarões.

 
Em 2003 voltou a defender o Grêmio e contribuiu na conquista do Campeonato Gaúcho, seu último título como profissional. O nome do meio-campo Carlos Miguel sempre estará associado com a era imbatível do Tricolor na década de 90, quando o Clube ganhou praticamente todas as competições possíveis de serem conquistadas. Um verdadeiro vencedor.

Espinosa O Santo feito em casa

 Natural de Porto Alegre, nascido em 17 de outubro de 1947, Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa sempre teve seu nome associado ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Principalmente por ter sido o comandante técnico na maior conquista do clube, o Mundial Interclubes de 1983, o que o eternizou na memória de todos os gremistas.

Antes disso, Valdir Espinosa trilhou o caminho das categorias de base do clube como atleta, sendo bicampeão estadual juvenil em 1965 e 1967. No ano seguinte, o lateral-direito ingressava no elenco profissional já colocando a faixa de Campeão Estadual, o Heptacampeonato de 68. Como atleta ainda jogou no Nordeste onde foi bicampeão alagoano defendendo o CRB e o CSA.

Espinosa foi um técnico consagrado dentro do futebol brasileiro. Em 1983, com apenas 36 anos de idade, um profissional em início de carreira em busca de oportunidade para mostrar sua competência. Antes disso, havia conquistado o vice-campeonato gaúcho em 1979 no comando do Esportivo de Bento Gonçalves, além de dos títulos estaduais por Ceará e Londrina em 80 e 81, respectivamente.

A oportunidade foi dada pelo Grêmio de Fábio Koff que, com sua visão futurista, acreditou nas potencialidades daquele jovem treinador que, anos antes, havia defendido o Grêmio como jogador. Com aval da direção, Espinosa assumiu no início do ano, durante a pré-temporada em Gramado. Começava ali um dos trabalhos de maior sucesso de um treinador no comando do Clube.

Com perfil de técnico disciplinador e que buscava sempre o máximo comprometimento de seus jogadores, comandou o Tricolor no inédito título da Copa Libertadores em julho, garantindo a possibilidade do título Mundial que se confirmou diante do Hamburgo em dezembro, no estádio Nacional de Tóquio.

Espinosa nunca esqueceu a força de seu grupo de atletas. “A gente sempre acreditou. O grupo era extraordinário. Com uma grande qualidade técnica, força e determinação. Talvez uma das maiores equipes que o Grêmio já teve em sua história. Nós não fomos para Tóquio para apenas disputar um jogo, fomos para buscar o título”, cravou.

No ano seguinte foi trabalhar na Arábia Saudita sendo campeão nacional pelo Al-Hilal, retornando ao Grêmio em 1986 para ser campeão gaúcho. Em seguida consolidou grande trabalho no Paraguai, pelo Cerro Porteño, sendo tricampeão nacional em 1987, 92 e 94. No intervalo desta sequencia ainda retornou ao país para ser campeão carioca invicto pelo Botafogo em 1989.

Ao todo, o profissional comandou 25 equipes distintas, com mais de 15 taças erguidas. Em julho de 2010 finalizou a sua carreira como técnico de futebol no comando do Duque de Caxias, do Rio de Janeiro, cidade onde mora e onde atualmente exerce a função de comentarista esportivo pela Rádio Globo. Espinosa nunca será esquecido e sempre será venerado pelos gremistas. 

Airton Ferreira da Silva O eterno "Pavilhão"

Para muitos, um dos maiores jogadores que já vestiu a camisa do Grêmio. Para outros, o maior zagueiro da história do futebol brasileiro. Ficou famoso por um lance que somente ele era capaz de fazer: levava a bola em direção à linha lateral do campo chegando junto à bandeirinha de escanteio puxando com ele os atacantes. De repente, virava o corpo e, colocando uma perna por trás da outra, de letra, recuava a bola para as mãos do goleiro.

 
Para um jogador comum, uma verdadeira insanidade. Para Airton Ferreira da Silva, o "Pavilhão”, era "apenas uma jogada comum", como dizia o zagueiro. Airton surgiu para o futebol defendendo as cores do Força e Luz, de Porto Alegre. Na época, um clube de ponta dentro do futebol do Estado. Na metade do ano de 1954, foi cedido ao Grêmio por 50 mil cruzeiros mais o antigo pavilhão social do Estádio da Baixada. Obsoleto para a modernidade de um Estádio Olímpico prestes a ser inaugurado oficialmente, mas grandioso para o acanhado Estádio da Timbaúva, localizado na atual rua Dr. Alcides Cruz, 125. Ali ainda se encontra o saudoso pavilhão. Com a camisa tricolor, Airton foi uma unanimidade.

 
Um atleta exemplar dentro e fora de campo que lhe rendeu uma série de títulos, convocações para a Seleção Brasileira e diversas homenagens que acontecem até hoje.

 
No dia 04 de agosto, Airton Ferreira da Silva foi homenageado pelo Grêmio que decidiu celebrar os cinqüenta anos da primeira vez em que o zagueiro vestiu a camisa do Clube. Foi no dia 1º de agosto de 1954 em uma partida válida pelo Campeonato da Cidade que o Grêmio acabou empatando com o Cruzeiro de Porto Alegre no Estádio da Montanha.

 
Airton Ferreira também foi conselheiro do Grêmio.


No dia 03 de abril de 2012, Airton "Pavilhão" faleceu no Hospital Ernesto Dorneles, em Porto Alegre.


 

Saiba mais

Nome: Airton Ferreira da Silva
Posição: zagueiro
Nascimento: 31/10/1934
Local: Porto Alegre
Período no Grêmio: de 1954 a 1967
Data da contratação: 23/06/1954
Data do 1º jogo: 01/08/1954 (Cruzeiro PA 1 x 1 Grêmio)
Data do último jogo: 05/11/1967 (Perdigão 2 x 2 Grêmio, em Videira/SC)


 

Homenagens

Atleta laureado em 25/04/1989
Homenageado na Calçada da Fama em 22/09/1996
Atleta Vinculado em 19/12/1963 (Ata da Diretoria)


 

Títulos

1956 a 1960 – Pentacampeão da Cidade e do Estado.
1961 e 1962 – Participou das duas grandes excursões do Grêmio à Europa.
1962 a 1967 – Hexacampeão do Estado.
1962 – Campeão Invicto do Torneio Sul-Brasileiro
1964 – Campeão da Cidade


 

Pela seleção

1956 – Campeão Pan-Americano.
1960 – Vice-campeão Pan-Americano
1964 – Vice-campeão da Taça das Nações

Campeão do Mundo


 
Sábado, dia 10 de dezembro de 1983, poucas horas antes da decisão que mudaria para sempre a história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
A cidade se prepara para uma noite inesquecível.
Os gremistas passaram todo o dia de sábado com aquele frio na barriga... até tentaram levar uma vida normal. O natal estava chegando e o centro da cidade borbulhava de pedestres atrás das melhores ofertas de presentes. Para as crianças, a loja Hipo Imcosul estava lançando o triciclo Tico-Tico Bandeirante Universal por apenas 10.490 cruzeiros. Os adultos poderiam adquirir o novíssimo computador pessoal TK-85 com surpreendentes 16 ou 48 K-bytes de memória RAM. Nas lojas J.H. Santos, o Televisor Philco 12 polegadas, giratório, totalmente transistorizado e funcionando a luz e bateria custava apenas 109 mil cruzeiros.

 
Com a partida marcada para a meia-noite, não foram raros os churrascos espalhados pela cidade, afinal o dia seguinte era um domingo. O horário do jogo chegou a atrapalhar a presença de público na apresentação do Presépio Vivo encenado no jardim da Paróquia Menino Deus, em Porto Alegre.

 
Para quem não conseguia esconder a tensão momentos antes do jogo, a solução era pegar um cineminha para tentar relaxar. O cinema Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, tinha em cartaz o filme A Filha de Ryan. No cine Marrocos, na Getúlio Vargas, e no Presidente, na Benjamin Constant, o gremista poderia assistir ao filme Tootsie, com Dustin Hoffmann. Boas opções.

 
Para quem ficou em casa, o programa era acompanhar pela TV o capítulo 162 da novela Guerra dos Sexos antes do Jornal Nacional e, logo depois, o capítulo 42 de Champagne.

 
Minutos antes do início da partida, a TV Gaúcha entrou no ar com as imagens ao vivo do estádio Nacional de Tóquio, com narração de Celestino Valenzuela.


 

Ninguém dormia em Porto Alegre.

Bares da capital estavam lotados com as pessoas se acotovelando na frente do aparelho de TV.

 
No Japão, o time gremista já em campo esperava o início da partida. Os jogadores tentando manter o corpo aquecido para não sentirem os efeitos do frio de quase zero grau. Horas antes da partida, a capital japonesa foi atingida por uma forte nevasca que acabou queimando o gramado do estádio Nacional.

 
A torcida, formada quase que só por orientais, praticamente lotava os 60 mil lugares e se divertia com o som ensurdecedor de milhares de cornetas distribuídas na entrada do estádio. A torcida gremista marcou presença principalmente com as faixas das torcidas organizadas Máquina Tricolor, Super Raça e Garra Jovem.

 
O jogo começou tenso, com muitos erros nos passes. O gramado seco dificultava o toque de bola.

 
Aos 37 minutos, Renato recebeu a bola na direita, driblou a marcação e chutou cruzado, entre o goleiro e a trave esquerda.


 

Grêmio 1 a 0.

No Salão Nobre do Conselho Deliberativo do Grêmio, centenas de conselheiros e dirigentes vibravam na frente do telão disponibilizado pelo Clube.

 
Na pista atlética feita de "tartan" no Estádio Nacional de Tóquio, o técnico Valdir Espinosa, que antes da partida anunciou que deixaria o Grêmio independente do resultado, se abraçou com Renato comemorando a vitória parcial.

 
Na etapa final, o Hamburgo ficou com o domínio das ações mas praticamente não levou perigo ao gol de Mazaropi que brilhou em algumas intervenções.

 
Já nos minutos finais, o time alemão tentou um ataque pela esquerda. Voltando para ajudar na marcação, Renato conseguiu roubar a bola no campo de defesa e chutou para lateral. No momento em que esticava a perna finalizar o movimento do chute, o craque gremista sentiu fortes cãimbras e deixou o gramado para ser atendido na beira do campo. Neste momento, o único em que Renato estava de fora, o Hamburgo chegou ao empate. Bola levantada na área gremista e Schröeder empurrou para as redes.

 
Eram 40 minutos do segundo tempo.

 
O desânimo desabou sobre os torcedores das organizadas do Grêmio que assistiam à partida na sala do Departamento Eurico Lara, na frente de um pequeno aparelho de TV. Muitos já estavam no pátio de estacionamento esperando o apito final para iniciar a festa. A cerveja já tinha terminado.

 
Os poucos fogos que estouravam na madrugada daquele domingo em Porto Alegre, naquele momento, não eram de gremistas.

 
Qualquer obediência aos critérios táticos já tinha sido deixada de lado por parte dos jogadores gremistas.


 

A vitória chegaria na raça, na vontade... na sorte.

A TV japonesa transmitiu os 90 minutos ao vivo para a capital japonesa, mas teve que interromper as transmissões locais pois a grade de programação não estava programando os 30 minutos de tempo extra. Até hoje existem japoneses que não sabem o resultado final da partida.

 
No Brasil, a TV Gaúcha continuava com as imagens dos atletas gremistas extenuados, atirados ao chão esperando a prorrogação.

 
Logo aos 3 minutos da primeira etapa, novamente brilhou a estrela de Renato. Ele recebeu na área cruzamento vindo da esquerda, dominou com o pé direito, driblou a marcação e chutou com a outra perna, no canto do goleiro Stein.

 
Grêmio 2 a 1!

 
Não dava mais para perder.

 
Já nos minutos finais, num contra-ataque, o atacante Caio (aquele mesmo que marcou o primeiro gol na final da Libertadores contra o Peñarol) perdeu a chance de colocar de vez seu nome na história do Grêmio como "o artilheiro das decisões". Ele recebeu a bola logo após a linha divisória do gramado, entrou completamente livre com ela dominada e, na entrada da área, mandou uma bomba por sobre o travessão. Por sorte, esse gol não fez falta.


 

Grêmio Campeão Mundial!

Festa no Japão, festa em Porto Alegre e em todo o Estado do Rio Grande do Sul.

 
Os relógios marcavam quase três horas da manhã quando a torcida gremista tomou conta das ruas da capital gaúcha. O ponto de encontro foi a avenida Érico Veríssimo, esquina com avenida Ipiranga, ao lado do prédio do jornal Zero Hora.

 
Antes de partir para o local da festa, os torcedores das organizadas do Grêmio que viram a partida na sala do Departamento invadiram o Salão Nobre do Conselho para confraternizar com os dirigentes e conselheiros.

 
No vestiário do Estádio Nacional de Tóquio, Renato comemorava o título, os dois gols e a escolha de melhor em campo (o jogador recebeu um carro da Toyota). Os jogadores eram abraçados por torcedores que conseguiram entrar. Foi uma festa inesquecível.

 
Na segunda-feira, dia 12, às 7h (19h de domingo em Porto Alegre), a delegação gremista embarcou para Los Angeles onde, na terça-feira à noite, participou da Los Angeles Cup vencendo o América do México (campeão da Taça das Nações) nas penalidades (4 a 3) após empate de 2 a 2, pela cota de 50 mil dólares. Uma competição oficial organizada pela California Soccer Association. O Presidente Fábio Koff já havia assegurado 300 mil dólares para o Clube pela participação e vitória na Copa Toyota.

 
A chegada em Porto Alegre estava marcada para o início da tarde de quinta-feira. A delegação chegou no vôo 100 da Varig proveniente do Rio de Janeiro.


 

Nesse momento, o Grêmio inaugurou as comemorações de títulos em caminhão de bombeiro.

Foi assim que os jogadores foram transportados até o Estádio Olímpico, local da festa programada pela direção do Clube. As principais ruas de Porto Alegre foram palco das comemorações da maior conquista até hoje de um clube gaúcho.

 
Em todos os cantos da cidade, os milhares de fogos que eram estourados naquele início de tarde de quinta-feira, com certeza, eram de gremistas.

 
Quem viveu, não esquece. Quem não participou, escuta as histórias dos mais velhos e aguarda a próxima vez.


 

Grêmio Campeão do Mundo, nada pode ser maior.